As eleições 2022 estão se aproximando e os últimos meses trouxeram diversas novidades que devem impactar a campanha. Na França, um candidato usou hologramas de si mesmo na campanha. O WhatsApp terá mudanças que podem facilitar a disseminação de fake news. O Elon Musk quer comprar o Twitter. E aqui, como vai ser? Confira o bate-papo com Raphael Di Tommaso, advogado especializado em direito digital, direito para startups e proteção de dados, e Christian Perrone, doutor em direito internacional e Head de Direito e GovTech no ITS.

As eleições estão chegando e, com elas, aumenta a sede por dados pessoais por parte dos candidatos e dos "marqueteiros políticos". Com o crescimento da importância das redes sociais e a proximidade de uma campanha em que o tradicional corpo a corpo vai ficar prejudicado, o assunto promete dar o que falar. 

O uso de dados pessoais nas campanhas não é novidade. Mesmo antes da internet, os candidatos já mandavam correspondência, telefonavam e faziam cadastros de potenciais eleitores. Agora, com as redes sociais, as possibilidades são virtualmente ilimitadas. E os abusos também.

Filas enormes e desorganização marcaram o recadastramento biométrico, que se iniciou em 2008. Atualmente, o TSE tem a posse de dados sensíveis de 120 milhões de eleitores em um banco de dados digital. Nas eleições desse ano, esses dados não serão usados para nada. Aí vem a pergunta: é necessário?