09/12/2021

Economia da recorrência e serviços de streaming por assinatura

O streaming é a transmissão de dados pela internet que não exige de você a gravação dos arquivos em sua máquina, muito embora faça o download dos pacotes relativos ao conteúdo toda vez que você vai acessá-lo, diferentemente do download, em que o arquivo é gravado em seu dispositivo sem que para isso precise usar seus dados a cada vez que o executar.

Hoje, vamos falar especificamente sobre as plataformas de streaming audiovisual e suas repercussões. Entre os grandes nomes do ramo podemos destacar a Netflix, que investe em conteúdos visuais como filmes, séries e documentários, e o Prime Video, da Amazon, de forma similar.

Essa forma de transmissão de conteúdo já vinha alcançando a alta e ganhando espaço nas casas dos consumidores há um tempo, mas a pandemia foi fator decisivo para atingir uma aderência constante e robusta para, quem sabe, impulsionar o processo de aposentadoria das salas de cinema e da TV a cabo.

Entre as facilidades que direcionaram o crescimento do streaming em larga escala podem ser destacados o baixo custo do serviço, a facilidade de acesso e uso, a ausência de comerciais durante a transmissão e a possibilidade de pausá-la estrategicamente para ir ao banheiro ou para continuar em um outro dia.

Com o estímulo ao isolamento social, provocado pela pandemia do Coronavírus, as pessoas buscaram o entretenimento para dentro de casa, o que, consequentemente, aumentou o alcance desse mercado.

De olho nessa onda, emissoras de TV consolidadas, como a Paramount, a Disney e a Globo, por exemplo, aceleraram o passo para a criação de seus próprios serviços de streaming. Por isso, foi possível observar uma disseminação dessas plataformas nos últimos tempos. A gente chega a ficar tonto diante de tantas possibilidades.

Na tentativa de angariar assinantes e estar no páreo frente à concorrência, a tendência que se mostra é que essas plataformas estão investindo pesado na ampliação constante de seus acervos. Isso permite que os usuários sempre tenham conteúdos novos para consumir, eternizando a cadeia da economia da recorrência por agregar valor aos seus pacotes de contratação. A famosa venda  por assinatura.

Não preciso dizer que isso também impacta no bolso do consumidor, já que não é raro encontrar alguém que possua mais de uma assinatura de streaming porque sente a necessidade de desfrutar de vários conteúdos que apenas uma delas não fornece.

Além disso, hoje, estar por dentro do enredo da série ou filme do momento virou sinônimo de inclusão social, já que o streaming também passou a criar tendências e ter papel decisivo na formação de opiniões. 

A diversidade de planos por assinaturas com recorrência mensal em valor significativamente baixo pode não parecer ter grande impacto, mas na soma total pode comprometer a fatura do cartão de crédito. 

A questão é saber manejar a sua capacidade financeira e verificar os prós e contras entre outras formas de entretenimento, em vez de assinar todas elas na impulsividade de seguir a moda do momento.

O ideal é saber identificar racionalmente aquelas que mais combinam com seu estilo ou que vão agregar mais no seu cotidiano levando em consideração o custo-benefício.

O certo é que as plataformas de streaming revolucionaram a maneira de consumir conteúdo e ainda continuam surpreendendo pela capacidade de monetização e criação de conteúdo de maneira nada tradicional.

Vamos ficar de olho em como a indústria cinematográfica vai reagir a esse baque e em como as plataformas de streaming vão se desdobrar para sempre estar inovando em suas propostas.

Por ora, o que podemos fazer é verificar a fatura dos nossos cartões e finalmente nos livrarmos daquela parcela de R$9,90 de um dos streamings que sabemos que nunca vamos ter tempo para ver.


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Por Júlia Bossardi Premaor

Publicado em 09/12/2021 às 18:12

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