29/10/2024
Inovação e Experiência nas Viagens
Inovação e experiência são duas palavras muito ouvidas no século 21. A primeira nos leva a imaginar carros voadores e a segunda, viagens ao espaço. Mas, na verdade, as duas juntas podem ser colocadas em contextos muito mais simples e aplicáveis, como a programação de uma viagem. Inovar em uma viagem significa ir além do que se sabe no senso comum, pesquisar não só sobre o lugar, mas também sobre sua história e cultura. Por consequência, a experiência vem junto: um restaurante com gosto de comida caseira, uma vista deslumbrante, um lugar fora do comum dos bancos de imagem.
Na prática, no dia a dia, aplicativos como o Waze e o Google Maps nos levam de um ponto ao outro, substituindo o famoso guia Quatro Rodas. Mas em viagens, podemos ir muito além. O Airbnb nos permite ficarmos em hospedagens de formatos, tamanhos e estilos diferentes ou até mesmo conviver com moradores locais. O Tripsy permite combinarmos todas as nossas reservas em ordem e criarmos roteiros na palma da nossa mão. Não podemos esquecer das inteligências artificiais, como o Chat GPT, o Gemini, o Perplexity, entre outros, que juntos nos fornecem, em segundos, informações atualizadas e dicas sobre os locais.
Mas aqui faço uma provocação: ao lidarmos com ferramentas tecnológicas, de fato inovadoras, onde fica a experiência do cliente? Claro, vocês podem inclusive me dizer que os UX/UI designers têm carreiras promissoras justamente por isso – facilitar o uso e a experiência dos clientes nos aplicativos e plataformas. Sim, concordo e admiro cada detalhe. Mas gosto de pensar na seguinte lógica: somos seres humanos e temos o hábito de desconfiar de informações e opiniões que não necessariamente foram transmitidas por outros seres humanos. Ou seja, onde fica a experiência? Quem vive a experiência? Quem transmite a experiência? Quem conta sobre os perrengues? Exato: seres humanos.
O mundo das viagens depende de pessoas que viajam e possam contar e propagar suas histórias. E são essas histórias que tornam inovadoras as ferramentas e que levam a experiência do cliente (viajante) a ser um sucesso… não é mesmo? Portanto, ao pensarmos em experiências e inovação, precisamos lembrar que as ferramentas são meios de informação e facilitadoras de um processo que depende totalmente de ser testado, aprovado e divulgado por pessoas. E, de certa forma, o próprio mundo do turismo às vezes nos assusta, pois muitos dos consultores e vendedores de viagem não têm a oportunidade de viver essas experiências – então precisam se tornar especialistas nas ferramentas e, mais que isso, confiar inteiramente nelas.
Mas não há desespero aqui! É quase impossível viajar o mundo todo e depois ainda querer fazer roteiros ou dar dicas sobre cada cantinho ou restaurante que se passou. Ou seja, não existe receita pronta. E eu acredito que é justamente essa a mágica. Concluo essa reflexão com as seguintes esperanças: que o turismo se torne mais acessível através das ferramentas e do conhecimento propagado por tantas tecnologias que vêm surgindo e que mais pessoas possam compartilhar e viver experiências que alimentam o banco de dados dessas ferramentas. A experiência de um cliente será sempre importante para que a ferramenta entregue ao público dicas e outras ferramentas importantes.
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Sobre a autora:
Georgia Lima é uma empreendedora nata que somou seu espírito aventureiro, passando por mais de 30 países, com sua formação em Relações Internacionais e Ciências Políticas pela Florida International University. O resultado? Inspirar jovens e adultos a explorar o mundo e realizar seus sonhos. Especialista em intercâmbio com propósito, Georgia acredita no sonhos dos seus clientes, e juntos, encontram um caminho sem fronteiras, regado de conhecimento, experiências multiculturais e muitas memórias boas!
Por Georgia Lima
Publicado em 29/10/2024 às 21:33