Você já se sentiu como se estivesse em uma montanha-russa, em alta velocidade, quando encara as mudanças às quais é exposto na vida? A sensação é de tirar o fôlego, não é mesmo?
Nos últimos tempos as mudanças acontecem em nossa vida com maior frequência e velocidade. Isso se dá devido à globalização. Desde a chegada da internet, tudo pode mudar num piscar de olhos. No entanto, ainda temos resistência e dificuldade de superar as mudanças.
Você não está sozinho! Todos estamos aprendendo a lidar com essa rapidez e, para nos ajudar nessa jornada, podemos usar um mapa.
O estudo desenvolvido pela psiquiatra suíça Kübler-Ross, chamado “Cinco estágios do luto”, inspirou o mundo corporativo para representar a “Curva da mudança” em um modelo visual que nos ajuda interpretar este fenômeno de comportamento e compreender como o ser humano processa as mudanças. É tipo um guia de sobrevivência emocional!
O modelo descreve sete fases emocionais que passamos quando enfrentamos mudanças, principalmente porque temos dificuldade de mensurar os impactos e gerenciar a complexidade, apenas percebemos um cenário de incerteza e resistência.
Veja o modelo ilustrado pela Rheis Consulting:
As 7 fases da Curva da Mudança:
Choque: tomar consciência da situação, que na primeira ótica representa uma ameaça; "O quê? Mudou tudo?"
Negação: busca por fugir da realidade, encontrar justificativas para invalidar a mudança; "Isso não está acontecendo comigo!"
Frustração: envolve introspecção e desmotivação, sentimentos relacionados com o cenário da mudança em andamento, podendo até mesmo despertar raiva, dependendo das percepções de consequências que ocorrerão com a mudança; "Que raiva! Odeio mudanças!"
Depressão: baixa energia pela visualização de forma negativa ao que está mudando e ao futuro incerto e fora da “zona de conforto”, além da falta de pertencimento ao novo cenário que se desenha; "Desisto... não vejo saída."
Experimentação: onde já inicia o processo questionamento e busca por soluções, ainda com resistência; "Ok, vamos ver o que dá pra fazer..."
Decisão: é a fase marcada por momentos positivos, de busca de pertencimento, de ideação de hipóteses mais robustas de soluções em busca de participar e contribuir com o movimento de mudança; "Já sei! Tenho um plano!"
Integração: o indivíduo está adaptado com a ideia da mudança e já a considera uma realidade. No ciclo completo de integração há colaboração para promoção da mudança, deixando de ser um detrator ou espectador do movimento para construir em conjunto o futuro. "Uau, a mudança não é tão ruim assim!"
Agora que sabemos os estágios que compõem a curva da mudança, podemos refletir como isso se aplica em nosso cotidiano e, mais do que isso, podemos, de forma consciente, acelerar o tempo que processamos as primeiras informações e fases, atingindo mais rapidamente os 3 últimos estágios do processo, que representam uma postura otimista em relação ao “presente-futuro”.
Muitas vezes não é fácil mesmo assumir postura positiva frente a mudanças que podem gerar grande impacto em nossa vida, pelo menos a um primeiro olhar. É necessário tempo de maturação emocional, ideação, geração de sinapses, hipóteses, questionamento e até mesmo variáveis externas para nos ajudar a passar pelos estágios e enfim experimentar a mudança e considerar perspectivas positivas e vantajosas.
Como acelerar essa jornada:
Autoconhecimento: entender e aceitar as suas emoções é o primeiro passo.
Inteligência emocional: aprender a lidar com as emoções de forma saudável, mantendo a calma, sem agir por impulso.
Mente aberta: estar disposto a aprender e experimentar coisas novas.
Positividade e visão de futuro: buscar o lado bom das mudanças.
Protagonismo: em vez de só reagir, que tal se juntar ao time que está provendo soluções e também cocriar o futuro?
Lembre-se: a mudança faz parte da vida e pode ser uma oportunidade de crescimento. Então, que tal encarar a próxima reviravolta com uma atitude positiva?
Publicado em 28/02/2025 às 01:39