28/05/2024

O uso da tecnologia no combate às catástrofes climáticas

As notícias das últimas chuvas que provocaram a maior enchente do Rio Grande do Sul deixaram todos completamente chocados com o alcance da sua destruição. Muitos foram os movimentos para ajudar as pessoas afetadas, entre eles a arrecadação de doações tanto em dinheiro como de roupas e outros itens essenciais à sobrevivência, além da criação de grupos de voluntários e abrigos.
 
Nesse cenário, infelizmente causado por uma calamidade, é possível traçar algumas reflexões interessantes sobre qual o papel que a tecnologia tem desempenhado, muito diferente daquele das inundações de 83 anos atrás.
 
Hoje em dia, satélites e sistemas de monitoramento conseguem prever com mais precisão quando e onde um desastre natural pode acontecer. Isso permite que as pessoas se preparem melhor, evacuem áreas de risco e protejam suas casas e famílias. Isso pode ser visto pelo número de mortes relativamente baixo diante do cenário em que 469 municípios foram atingidos pelas chuvas no RS e mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas.
 
Não há como negar que tecnologia também é fundamental para a pronta resposta às catástrofes. Aplicativos de celular podem ser usados para coordenar a resposta das equipes de emergência e até para os próprios cidadãos pedirem socorro ou informarem sobre sua situação, por exemplo. Destaque para um aplicativo que foi criado em menos de 48 horas por professores da UniRitter para ser um “Uber de resgates" e outro que conecta abrigos e interessados em ajudar, de iniciativa da Secretaria de Inovação de Porto Alegre.
 
Mas não só isso, a tecnologia também tem sido um propulsor importante do engajamento dos voluntários na ajuda aos afetados. Redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas de voluntariado online conectam rapidamente pessoas dispostas a ajudar organizações e iniciativas que precisam de apoio. Isso facilita a mobilização para distribuição de alimentos, construção de abrigos temporários e até suporte emocional a quem precisar.
 
Além do engajamento dos voluntários, o destaque nas recentes inundações no RS foi a mobilização para a arrecadação de dinheiro por plataformas online e por recursos tecnológicos e instantâneos como o Pix. Sites de financiamento coletivo, como iCurti.com  e Vakinha, permitiram que pessoas ao redor do mundo contribuíssem com quantias em dinheiro em prol das vítimas, inclusive a nível internacional.
 
Tudo isso sem falar sobre o potencial astronômico de divulgação da catástrofe que facilitou na busca por ajuda. Redes sociais, sites de notícias e aplicativos de comunicação permitiram que as informações fossem disseminadas rapidamente, alcançando uma audiência global em questão de minutos e em tempo real.
 
Portanto, a tecnologia torna-se cada vez mais essencial não só para o combate às catástrofes climáticas, mas também servir de apoio aos afetados. Desde prever eventos, passando pela resposta rápida e eficaz, até a recuperação das áreas afetadas e suporte às vítimas, sendo a inovação tecnológica uma grande aliada na redução dos impactos dessas tragédias.
 
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Por Júlia Bossardi Premaor

Publicado em 28/05/2024 às 13:09

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