24/08/2020

Você sabe que fazem com os seus dados na campanha eleitoral?

Você já parou para pensar sobre o uso que os políticos e candidatos fazem dos seus dados pessoais? Pois é, além do uso “tradicional/analógico”, agora eles contam com uma nova ferramenta: as campanhas nas redes sociais.

A quantidade de dados que compartilhamos sem nos darmos conta é enorme. Não é só o que disponibilizamos diretamente nos nossos perfis (cidade, família, e-mail, profissão, emprego, formação escolar, etc.) que é utilizado. Nossos comentários e curtidas também dizem muito a nosso respeito. Restaurantes que frequentamos, escolas onde estudamos, músicas e artistas que gostamos. E, é claro, nossos posicionamentos políticos. Um simples comentário indignado pode dizer muito sobre a gente. E pode ter certeza que os candidatos estão muito interessados nesses dados.

Nada disso é novidade, no entanto. O uso do Twitter foi fundamental para a eleição do ex-presidente americano Barack Obama. Logo depois, o presidente Donald Trump recorreu a ferramentas complexas para buscar votos, usando os dados de dezenas de milhões de eleitores. Pode ter certeza que, no Brasil, isso também acontece. E muito.

As próprias redes sociais oferecem ferramentas para determinar o público que receberá os anúncios. Os candidatos que tiverem sucesso em traçar o perfil de seus eleitores não terão dificuldades para segmentar suas campanhas de comunicação. Direcionar a publicidade para nichos do eleitorado (por sexo, idade, classe social, região em que mora) é relativamente simples para um profissional da área. E todos eles estão de olho no seu voto. 
Por Raphael Di Tommaso

Publicado em 24/08/2020 às 22:16

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